terça-feira, 26 de maio de 2015

A integração entre escola e comunidade é fator preponderante para o processo da gestão democrática.

Em reunião realizada nesta última sexta-feira, 22 de maio, a comunidade escolar do CECAT realizou um debate que contou com a participação detodos os interessados pela educação na microrregião de Tiquara, professores, gestores, demais funcionários da escola, representantes dos pais de alunos, lideranças locais representando as igrejas católica e evangélica, a creche Carmélia Barbosa Regis, a escola Raquel Amorim, as associações de pequenos produtores, os pequenos projetos alternativos de geração de renda, enfim os diversos seguimentos ao entorno da escola. A iniciativa faz parte das medidas adotadas pelo CECAT para a implementação da gestão democrática no ambiente escolar.
Como parte do conjunto das ações integradas, o evento serviu também como a primeira estratégia do programa de educação ambiental da escola por meio doProjeto Mandalana Escola: educando para a sustentabilidade ambiental da caatinga, que visa a realização do Diagnóstico Local Participativo (DLP) onde todos os atores envolvidos no processo educativo, dentro ou fora dos muros da escola, são convidados a participar da elaboração de uma proposta pedagógica que atenda a demanda da realidade local para a construção de um currículo que ofereça saberes significativos para as comunidades do campo.

RESULTADO DA DISCUSSÃO EM GRUPO
GRUPO 1
Principais desafios
Potencialidades
· Geração de emprego;
· Valorizar a região;
· Estimular o trabalho coletivo nas comunidades;
· Desinteresse da população em relação aos assuntos do campo,                  
         - enfraquecimento das associações
         - o desencanto pelos valores, escola,
movimentos sociais, igrejas...
·  Falta de perspectivas;
·   Comodismo;
·  Visão imediatista;
·  Drogas lícitas e ilícitas;
·  Administração dos recursos hídricos;                     
·  Associações;
·  Criações de ovinos e caprinos;
·  Reconhecimento das pessoas da região como transmissores de conhecimento;
·  Sisal;
·  Umbú;
·  Solo rico;

GRUPO 2
Desafios
Potencialidaes
· Estrutura;
· Comercialização;
· Técnicos;
· Capacitação;
· Instrução para jovens;
· Funcionamento de cooperativa;
· Não ter atravessador para o produto;
· Articulação;
· Valorização dos produtos;
· Acessoria técnica;
· Umbú;
· Tomate;
· Sisal;
· Mel;
· Caprinocultura;
· Ovinocultura;
· Bovinocultura;
· Aves




GRUPO 3
Desafios
Potencialidades
· Baixão:
- buscar qualificação Dos produto comercializado;
· Lajedo Raso: falta de liderança e iniciativa;
· Tiquara:
- aprimoramento da cadeia produtiva do sisal;                                                                                                                                     -enfrentamento e diminuiçãoda rebeldia dos jovens na comunidade;
· Baldoíno:
- melhor aproveitamento da produção local ( umbu, bode, sisal, tomate, aves...)
· Fazenda Nova: Capacitação de lideranças;                                                                                       
· Organização comunitária
- disponibilidade de pessoal;
· Criatório de bodes (comercialização);
· Associação comunitária
- pessoas capacitadas;
- esportes, teatro;
· Disponibilidade do produto;
· União

DISCUSSÃO DA PLENÁRIA (Coletivo com todos grupos)

DESAFIOS

Ø  Um dos grandes desafios para a proposta de educação diferenciada é a dificuldade na identificação do homem do campo, onde o mesmo nega as suas origens.
Ø  Incorporação dedisciplinas específicas d área agrícola no currículo da escola.
Ø  Migração sazonal dos moradores para outras cidadesonde alunos são retirados da escola pelos pais;
Ø  Desvalorização das fontes de renda.
Ø  Enfraquecimento das associações locais devido a falta de valorização e credulidade dos membros da comunidade.
Problemas com drogas lícitas e ilícitas.
Ø  Falta de iniciativa para a resolução dos problemas já que temos uma comunidade, uma região rica em possibilidades que deveriam ser melhores aproveitadas.
Ø  Agravamento da rebeldia dos jovens e falta de perspectivas para o futuro.
Ø  Desvalorização por parte dos próprios membros da comunidade a respeito de produtos produzidos no local, a exemplo do artesanato de sisal.

POTENCIALIDADES (ALTERNATIVAS)

Ø  Ter a humildade de reconhecer as pessoas da comunidade como transmissores de conhecimento (saberes locais).
Ø  Orientação da comunidade através de assessoria técnica (para aprimoramento das atividades produtivas).
Ø  Reeducação dos pais, pois estão se ocupando muito e deixando a responsabilidade de educação dos filhos apenas para a escola.
Ø  Agregação de valor à venda de bodes (produtos da agricultura familiar).
Ø  União para manutenção das associações (formação e fortalecimento).
Ø  Iniciativas públicas e comunitárias para queocorra mudança na questão de drogas lícitas e ilícitas e na influência que essas podem exercer nas crianças.
Ø  Iniciativa coletiva na comercialização do sisal na comunidade de Baixão (associativismo / economia solidária).
Ø  Necessidade de associações organizadas para que hajam iniciativas coletivas  em outras comunidades da região (associativismo / cooperativismo).